domingo, 9 de maio de 2010

E a viagem chega ao fim...

Calma, você não pulou parte nenhuma!!! :)

A parte das feiras foi postada DollHouse Brazil. É só clicar aqui que você lerá sobre as feiras, o IGMA e verá fotos e até um vídeo curtinho, mas legal!

Caso tenha ficado curioso (ou curiosa) para ver o que comprei, estou iniciando um novo blog só para falar das minhas aquisições e miniaturas. Não dá para postar aqui, porque foge totalmente ao escopo do site e do blog, que visam divulgar as miniaturas brasileiras e contar o que rola lá fora para os brasileiros, certo? Se quiser dar uma espiadinha, visite o "Minhas Miniaturas * My Miniatures" daqui uns dias, ok? Por enquanto não tem novidades lá, só foi criado...

Mas nem tudo foram flores na viagem, também tive contratempos. Quando visitei o Museu de História de Chicago, tive que deixar um documento com eles para poder retirar o guia em áudio (iPod). Ingenuamente, deixei meu passaporte. Como era diferente, achei que não iria ter confusão... Quando fui devolver, eles tinham entregado por engano a outra mulher que tinha o mesmo tipo de passaporte que eu, sem checar foto ou nome!!! Pode?.... 

A pobre moça do museu quase desmaiou quando se deu conta do engano! Eu é que tive que acalmá-la, e não o contrário... rsrs... Afinal, brigar naquela hora não resolveria nada. De cabeça fria a gente pensa melhor, certo? Ademais, quem mandou eu deixar logo o passaporte? Sem dúvida, levei bronca no consulado por causa disso, e eles não deixam de ter razão...

Isto foi numa 4a feira, e eu viajaria de volta no Domingo. Sem saber se a outra pessoa se daria conta da troca antes de eu viajar - sem ele não teria como deixar o país sem ser presa ou expatriada... rsrs.. - acabei indo ao consulado na 6a feira para tirar um de urgência. E com isso cancelaram o original. E não é que 3 horas depois disso, o museu me liga para avisar que a outra se deu conta da troca?... Se ao menos tivesse sido mais cedo, né? Bem o museu foi super correto e vai reembolsar as despesas que tive. Mas fica aqui a melhor dica de viagem que posso dar: NUNCA deixe seu passaporte em lugar ALGUM! Qualquer outro documento com foto é uma opção melhor...

Por outro lado, tive a boa sorte de ser convidada por uma miniaturista que conheço de um dos grupos de discussão para ser sua colega de quarto no Hotel Marriott, onde acontecia a principal feira. Apesar do trabalho que deu mudar de hotel, foi muito bom! Até então eu estava em um que cabia dentro do meu orçamento, mas a uma boa caminhada de lá. E com esta oportunidade de ouro que me foi oferecida, pude curtir a feira mais de perto, o que é muito mais conveniente, sem dúvida!!! Esta minha colega de quarto, logo descobri, é uma IGMA Artisan, especializada em dolls (costuming) e bordado. Seu nome é Cookie e inclusive vai dar aula no curso de verão do Guild School. Se não fosse comigo nem eu acreditava... rsrs...

Com ela aprendi a olhar miniaturas com outros olhos: o olhar de um colecionador! São exigentes com a qualidade e podem até pagar mais caro por alguma peça. Desde seja perfeita! E geralmente colecionam móveis e acessórios visando montar um ambiente ou época específica. A coleção começa muito antes do ambiente estar fisicamente disponível (dollhouse ou roombox). Nem todas as peças precisam ser caras, mas sim as peças-chave, que chamam mais a atenção. E para a maioria dos colecionadores a exatidão histórica é tão importante quanto a perfeição na execução da peça. Se uma lareira não tinha aparador numa determinada época, colocar uma assim no ambiente da época é quase um 'crime' histórico! Pode colocar peças de período anterior, nunca posterior...

Há também aqueles que colecionam para contar histórias, fantasiar, ou mesmo montar, em miniatura, seu mundo ideal... 

O fato é que todos se encontram nas feiras de miniaturas. Há muitas delas por lá, tomara que possamos logo ter algumas feiras aqui também! :)

sábado, 8 de maio de 2010

Derrubando um 'pré-conceito'

Antes de encerrar a série de postagens sobre Chicago, gostaria de compartilhar uma descoberta interessante.

É sobre o povo americano. Apesar de ter trabalhado como English teacher por muitos anos, nunca tinha tido a oportunidade de visitar os EUA. Já tinha viajado ao exterior, claro, inclusive a outros países também de língua inglesa, como Austrália e Inglaterra. Mas o inglês que aprendi é basicamente americano e, curiosamente, nunca tinha ido lá.

Pelo que sempre me diziam, o americano seria um povo frio, distante, pouco amigável e sem muita boa-vontade para ajudar.... No entanto, o que vivenciei nos 10 dias que fiquei lá foi totalmente o oposto disso!!! 

Eu até já imaginava que os miniaturistas me acolheriam bem. E de fato, me senti "em casa" com todos eles. Foram amigos, simpáticos, prestativos, cheios de consideração e me ajudaram sempre que precisei. Talvez porque tinhamos algo em comum, a paixão pelas miniaturas. Talvez porque vários deles já me conhecessem dos grupos de discussão que participo, vários me cumprimentaram de braços abertos e um sorriso franco ao ver minha identificação com meu nome "Evelyne / Brazil". Foi como finalmente poder abraçar um amigo distante.

Mas não foram SÓ eles! Tive vários contratempos durante minha estadia. Alguns normais, típicos de uma viagem ao exterior, como sentir-se meio perdida sem saber bem para onde ir. Outros nem tanto, como um pacote que não chegava nunca ou um passaporte extraviado... 

No entanto, todos que encontrei no meu caminho, estranhos que nunca vi antes, eram simpáticos, atenciosos, prestativos, dispostos a ajudar. Até mesmo fiscais de segurança de aeroporto, de quem até mesmo os americanos adoram reclamar....

Não sei se foi por ser primavera, quando finalmente o sol volta a brilhar depois de um longo e 'tenebroso' inverno... Se essa mudança de tempo afetou o humor de todos para melhor... De fato, graças às mudanças climáticas no mundo, o inverno no hemisfério norte foi muito mais longo e mais frio do que o normal. 

Não sei se foi porque eu sou fluente no idioma deles... Entender o que dizem, sem ter que fazê-los repetir, e me fazer entender de primeira ajuda muito em qualquer comunicação. Mas o fato é que TODOS me trataram tão bem que fiquei sem entender o porquê da fama... 

Fico imaginando se o fato de eu estar super-feliz de estar lá, vivendo um grande sonho, também ajudou. Afinal, quando se está feliz, você tende a se aproximar das pessoas com o sorriso aberto, e mesmo quando algo dá errado, é mais fácil ser compreensivo e tolerante, entender a humanidade do erro. 

Fiquei imaginando se caso eu abordasse as pessoas com uma 'cara' já aborrecida e um tom já irritado, carregada de frustração e mal-humor, talvez isso acabasse atraíndo a mesma atitude da parte dos outros para comigo. 

Cheguei a conclusão que o mundo reflete o que a gente sente por dentro. É impossível estar mal por dentro, cheio de mágoas, rancor e irritação e atrair sorrisos e alegria para sua vida. Se quer abelhas, use mel como isca... :)

Só sei que esta viagem me encantou, e também me deixou com muita vontade de voltar mais vezes! 

Derrube você também qualquer 'pré-conceito' que possa ter e qualquer receio de ir ao exterior. Mesmo que não tenha fluência no inglês, estará entre miniaturistas, uma grande família espalhada pelo mundo e que acaba se encontrando nas feiras...

Se for seu desejo conhecer de perto uma dessas feiras, acredite e vá! :)


É tudo de bom!!! 



segunda-feira, 3 de maio de 2010

Projeto-lei 215/2002. Em respeito e defesa da vida animal


Visite o site, leia o projeto-lei, assine o abaixo-assinado que pede urgência na aprovação do Código de Bem-Estar Animal.

Já está passando da hora de garantir aos animais um tratamento digno.

Somos co-habitantes deste planeta, eles NÃO nos pertencem. Somos seus guardiões e eles são nossos companheiros de jornada! Merecem nosso carinho e respeito.

sábado, 1 de maio de 2010

Workshop & Thorne Rooms

E finalmente.... miniaturas!!! :)

Na 5a, as feiras ainda não tinham começado, mas fui fazer um workshop para o qual eu já tinha me inscrito com antecedência e que duraria das 8 às 17h. Consegui acabar um pouco antes, lá pelas 16hs. E isso me deixou com mais tempo livre para aproveitar a grande pedida das 5as feiras: entrada livre no Art Institute de Chicago para ver as Thorne Rooms!!! (economiza-se 18 dólares para gastar com mais miniaturas...) :) 

O workshop


a simpatissíssima 'teacher' Kimberly Hammer
A professora é a simpatissíssima Kimberley Hammer. Ela é fera em plantas em miniatura e desenvolveu um charmoso jardim com laguinho, plantas aquáticas, uma ponte, arbustos e até uma árvore. Foi chamado de "Um toque de Monet". O chorão foi, na verdade, entregue pronto e feito por Lady Bug, que vende vários suprimentos para fazer plantas e jardinagem, como furadores e muitas outras coisas a preços bem acessíveis. 

Kimberley já tinha trazido a base já montada e pintada, o lago (de um tipo de resina) já pronto e seco, os arbustos, a ponte já pintada e as flores já recortadas. E ela ensinou - com detalhes, paciência e encorajamento - como montar tudinho. Adorei a aula, a professora, tudo! E aprendi uma técnica nova.

 
O cenário que deveríamos montar (este é o da teacher)

Thorne Rooms


Numa dessas enormes coincidências da vida, uma das minhas colegas de workshop era nada mais nada menos do que a curadora das Thorne Rooms!... Babei de inveja dela, hehe... Ela é surpeendentemente jovem e acessível. Contei que ia exatamente lá depois do workshop e perguntei se poderia tirar fotos. Ela autorizou, mas pediu para não usar o flash - uma recomendação comum em museus, já que a exposição à luz tem que ser controlada para não descorar pigmentos e outros produtos químicos usados nas várias obras. 

E as Thorne Rooms são tudo aquilo e muito mais!!! Dá vontade de ir lá muitas e muitas outras vezes para admirar a perfeição de cada peça. Perfeição de execução e perfeição histórica, pois cada sala é um retrato impressionante e quase mágico de como se vivia em cada época retratada. Bem... na maioria delas é como vivia a parcela abastada da população... ;)

A senhora Thorne, esposa de James Ward Thorne, e natural de Chicago, colecionou nas suas viagens pelo mundo várias peças elaboradas e perfeitas em miniatura. Quando sua coleção já estava bem grande, ela decidiu usar seus conhecimentos (e dinheiro) e projetou 68 ambientes de várias épocas e locais, principalmente da Europa e dos EUA, com uma sala especial para o Japão. Ela contratou os melhores artistas da época para trabalharem em vários aspectos dos ambientes. Como os ambientes foram construídos entre 1932 a 1940, uma época de recessão 'braba' nos EUA e Europa, com a II Guerra iminente ou já a 'pleno vapor', não foi difícil convencer os talentosos artistas a contribuirem com sua arte. E o resultado é de tirar o fôlego, de cair o queixo!!!

 Alguns visitantes insistiam em tirar fotos com flash, mas em respeito à minha 'colega de aula', eu tentei tirar sem, mas acabaram saindo muito tremidas, poucas sairam legais. Acabei desisitindo das fotos e fiquei só curtindo o que via mesmo. As fotos do site oficial do museu são de excelente qualidade. Mas tem uma coisa que só se descobre vendo de perto: as salas continuam!!! Dá para ver portas que abrem para algum outro ambiente ou então para um jardim, para a rua... A ilusão de realidade é indescritível!!!!


vislumbrando outra sala 'extra'...
Dá para imaginar como era o mundo lá fora naquela época....

Um detalhe (meio borrado) do trabalho minucioso na madeira entalhada...

uma janela com vista para um lindo jardim e a luz 'natural' iluminando o ambiente...

A luz 'natural' ilumina o ambiente riquíssimo, cheio de detalhes em ouro.
Não vi criança, adulto, idoso, homem ou mulher que não tenha ficado impressionado com o que via! Era um deslumbramento atrás do ourto, uma descoberta seguida de outras tantas... 





































































Não comprei o livro que o museu edita porque na Amazon sai mais em conta. Mas descobri lá um livro de ficção chamado "The sitxty-eight rooms" (Os 68 ambientes), de Marianne Malone. Nele uma garota de uns 12 anos (Ruthie) e seu melhor amigo (Jack) descobrem uma chave mágica que os faz encolher para a escala 1:12 e os dois percorrem vários ambientes, não só descobrindo que os objetos lá podem ser usados, instrumentos podem ser tocados, etc, mas também que eles, de forma mágica, podem interagir com o mundo lá fora da época de cada ambiente, que a mesma magia trás à vida! Adorei o livro!!! Pena que é em inglês, mas espero que um dia traduzam para o português .

Pela capa do livro dá para ter uma idéia da maravilhosa aventura que o par de jovens vai viver. :)